O Google tem introduzido seu novo chip quântico, Willow, que afirma superar os principais supercomputadores. Inaugurado em 10 de dezembro de 2024, nas instalações de fabricação do Google em Santa Bárbara, o chip representa um avanço significativo na tecnologia de computação quântica, segundo o CEO Sundar Pichai.
Google lança chip quântico Willow, superando supercomputadores
Sundar Pichai destacado O potencial da Willow para reduzir drasticamente os erros de computação quântica, ao mesmo tempo que permite ao Google dimensionar o uso de qubits, as unidades fundamentais da computação quântica. O chip pode realizar cálculos de benchmark padrão em menos de cinco minutos, um feito que levaria ao supercomputador Frontier, um dos mais rápidos disponíveis, aproximadamente 10 septilhões de anos para ser concluído. Hartmut Neven, fundador do Google Quantum AI, descreveu esse período de tempo como “incompreensível”, quantificando-o como 1 seguido de 25 zeros.
Os 105 qubits da Willow fornecem o que o Google caracteriza como “o melhor desempenho da categoria” em correção quântica de erros e amostragem de circuito aleatório (RCS). Este desempenho apresenta uma melhoria cinco vezes maior em relação à geração anterior de chips da empresa. Pichai observou que Willow é um marco importante em sua busca contínua para desenvolver um computador quântico em grande escala com aplicações no mundo real, incluindo descoberta de medicamentos, energia de fusão e design de baterias.
O chip foi desenvolvido nas instalações de última geração do Google em Santa Bárbara, uma das poucas dedicadas à fabricação de computação quântica avançada. Pichai refletiu sobre a jornada de doze anos iniciada com o estabelecimento da IA do Google, enfatizando a visão de longo prazo para aproveitar a mecânica quântica para usos práticos. A equipa de desenvolvimento, composta por cerca de 300 membros sob a direcção de Neven, continua focada em questões actuais como as alterações climáticas e os desafios da energia de fusão.
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Uma das características marcantes do Willow é sua abordagem para correção de erros. A recente pesquisa publicada na revista Natureza demonstra que adicionar mais qubits ao sistema pode diminuir erros computacionais, um avanço crítico que tem sido um desafio na computação quântica por quase três décadas. O diretor de hardware quântico do Google, Julian Kelly, descreveu a correção de erros como o “fim do jogo” na computação quântica, indicando que a empresa está fazendo progressos substanciais nesta área crucial.
A atenção global está cada vez mais focada na investigação quântica, considerada vital para futuros avanços tecnológicos. Surgiram investimentos significativos, totalizando cerca de 20 mil milhões de dólares a nível mundial nos últimos cinco anos, com os Estados Unidos e a China a intensificarem os seus esforços. O governo dos EUA também impôs restrições à exportação desta tecnologia sensível, sublinhando a sua importância estratégica.
Crédito da imagem em destaque: Google