A Alexa da Amazon sempre foi focada na facilidade do controle de voz, mas uma inovação recente leva essa conveniência a um nível totalmente novo: controlando Alexa com sua mente.
A Synchron, uma empresa que vem expandindo os limites da acessibilidade, revelou uma nova inovação que permite que um paciente com ELA interaja com o assistente virtual da Amazon sem usar sua voz, mãos ou quaisquer outras entradas físicas. Este desenvolvimento revolucionário destaca as crescentes capacidades de interface cérebro-computador (ICC) tecnologia e seu potencial para transformar vidas.
Como funciona o BCI da Synchron?
Um vídeo compartilhado pela empresa mostra o paciente controlando um tablet apenas com seus pensamentos. Ao mover um cursor na tela, o paciente navega até o “Toque para Alexa” recurso e desliga com sucesso uma luminária de mesa. Não se trata apenas de apertar um interruptor — é um exemplo claro de como a tecnologia da Synchron abre a porta para controlar todo um ecossistema de casa inteligente com a mente. O paciente pode acessar câmeras de segurança Blink, fazer chamadas de vídeo e até mesmo operar uma Fire TV, tudo sem precisar levantar um dedo ou dizer uma palavra.
As implicações dessa tecnologia são imensas. Embora o paciente no vídeo ainda possa falar e teoricamente executar essas ações com sua voz, a importância da tecnologia controlada pela mente para indivíduos com deficiências mais graves é inegável. Para alguém que perdeu o uso da voz ou dos membros, controlar uma casa inteligente apenas pelo pensamento pode ser nada menos que uma mudança de vida. Ela oferece um novo nível de autonomia e independência para aqueles que antes eram excluídos da conveniência da tecnologia inteligente.
Uma mudança radical para a acessibilidade
A grande maioria dos sistemas de casas inteligentes hoje em dia é baseada em entrada de voz ou toque, uma configuração que exclui um número significativo de pessoas com deficiências físicas. A interface cérebro-computador da Synchron desafia esse status quo ao ignorar completamente a necessidade dessas entradas. Em vez de depender de comandos de voz ou do toque de uma tela, o sistema envia sinais diretamente do cérebro, permitindo que os indivíduos controlem dispositivos inteligentes simplesmente pensando nas ações que desejam executar.
O BCI da Synchron está sendo usado atualmente por pelo menos seis pacientes nos EUA. Ele oferece uma alternativa menos invasiva à Neuralink de Elon Musk, outra empresa de interface cérebro-computador. Ao contrário da Neuralink, que envolve a implantação cirúrgica de um chip no cérebro, a abordagem da Synchron não requer cirurgia cerebral. Em vez disso, o dispositivo da empresa é implantado na veia jugular, de onde envia sinais para os vasos sanguíneos na superfície do cérebro. Isso torna o procedimento muito menos arriscado e mais acessível a uma gama maior de pacientes, o que é uma grande vantagem para aqueles que hesitam em se submeter a uma grande cirurgia.
Enquanto Neuralink gerou muito burburinho com suas metas ambiciosas, o BCI da Synchron parece estar liderando o caminho em aplicações práticas. Sua abordagem não cirúrgica e minimamente invasiva representa um salto significativo para tornar a tecnologia controlada pela mente mais amplamente disponível. E como este vídeo demonstra, a tecnologia já está causando impacto em cenários do mundo real.
Crédito da imagem em destaque: Kerem Gülen/Meio da jornada